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quarta-feira, 25 de maio de 2011

A Multiplicação do Patrimonio do Palocci - Mais Desdobramentos

O TEXTO ABAIXO FOI RETIRADO DA FOLHA ON LINE DE 25.05, MAIS UMA ÓTIMA REPORTAGEM DA FOLHA DE BRASÍLIA DO EXCELENTE JORNALISTA : Rubens Valente

A liderança do PSDB na Câmara levantou há pouco, em entrevista coletiva, suspeitas de que pagamentos feitos pela Receita Federal à incorporadora WTorre, no valor de R$ 9,2 milhões, durante as eleições do ano passado, estejam relacionados ao trabalho do ministro da Casa Civil, Antonio Palocci, e a doações para a campanha presidencial de Dilma Rousseff (PT).

A Folha revelou, na última sexta-feira, que a WTorre foi uma das clientes da empresa do ministro, a Projeto Consultoria Financeira, que teve um faturamento de R$ 20 milhões somente no ano passado.

O deputado Fernando Francischini (PSDB-PR) apresentou hoje à imprensa registros públicos do Siafi (o sistema de acompanbhgamento de gastos da União) e da Receita Federal que indicariam uma relação entre pagamentos feitos pela Receita à WTorre Properties, um braço do grupo WTorre, e o trabalho do ministro na incorporadora.

No dia 24 de agosto, a WTorre procotolou na Receita um pedido de restituição de imposto de renda de pessoa jurídica relativo ao ano de 2008.

Na mesma data, a incorporadora fez uma doação de R$ 1 milhão para a campanha presidencial de Dilma Roussef (PT) --outra parcela de R$ 1 milhão foi depositada à campanha no mês de setembro.

A restituição da Receita ocorreu apenas 44 dias depois do protocolo, no valor de R$ 6,25 milhões. Segundo Francischini, o prazo da devolução é recorde. A restituição foi feita na mesma data que o pagamento de R$ 2,9 milhões à construtora, referentes a outro protocolo apresentado em 2009 pela WTorre. O valor total soma R$ 9,2 milhões.

Em entrevista coletiva, o líder do PSDB na Câmara, Duarte Nogueira (SP), e o deputado Vanderlei Macris (SP) reforçaram o pedido de Francischini para que a Comissão de Fiscalização e Controle da Câmara instale uma comissão para averiguar o assunto.

"Há indício grande e forte de tráfico de influência. Queremos ver as explicações do ministro, da Receita e da empresa", disse Fracischini.

"Existem indícios muito consistentes de que poderia ter havido uma triangulação envolvendo a WTorre e a consultoria do ministro. É um ingrediente muito forte para a CPI seja instalada", disse Nogueira.

O ministro se recusa a divulgar a lista de seus clientes e a revelar no que consistiu seu trabalho. Na semana passada, em nota de esclarecimento, a WTorre disse que Palocci forneceu consultoria "em assuntos corporativos", sem dar detalhes.

Sobre as doações de campanha eleitoral, a incorporadora afirmou que "todas as doações efetuadas foram devidamente registradas e seguiram as normas legais vigentes."

domingo, 15 de maio de 2011

Palocci - A multiplicação de um Patrimonio - O Apto de Quase 7 Milhões

O texto a seguir foi retirado da Folha On Line de 15.05.2011, escrito pela excelente Colunista Eliane Cantanhêde.

Antonio Palocci é realmente um cara muito especial. Além de principal ministro do governo Dilma, é amado pela esquerda, pelo centro, pela direita e vê-se agora que é também um gênio das finanças. Comprar um apartamento de quase R$ 7 milhões à vista, ou praticamente à vista, não é para qualquer um, não...

Palocci multiplica por 20 seu patrimônio

Em 2006, apenas cinco anos atrás, Palocci declarou à Justiça Eleitoral que tinha uma casa de R$ 56 mil em Ribeirão Preto, onde fora prefeito junto com aquela turma da pesada que ele e o amigo, depois ex-amigo e agora amigo novamente Rogério Buratti lideravam.

Além disso, tinha um terreno e três carros, entre outros bens, num total de R$ 375 mil. Convenhamos que, nesse tempo, o patrimônio se multiplicou que foi uma beleza. De classe média, o homem pulou para a categoria dos ricaços --aquela que, aliás, tanto o apoia. Ele, enfim, está em casa. Ou melhor, no seu apartamento...

Palocci também aprende rápido. Como viu a dor de cabeça que dá ter uma casa esquisitona em Brasília, desta vez preferiu comprar um apartamentão em São Paulo, cidade muitas vezes maior, mais diluída, mais anônima, sem nenhum caseiro abelhudo para dar com a língua nos dentes.

O azar do é que esses repórteres da Folha são mesmo de amargar. Os craques Andreza Matais e José Ernesto Credendio estavam de olho, puxaram o fio da meada e entregaram o novelo na edição da Folha deste domingo. Imperdível